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Férias e aprendizados

Passamos as férias no Brasil entre dezembro e janeiro. Um mês com nossos queridos em Belo Horizonte e São Paulo. Agora, que estou de volta em casa e as coisas já voltaram aos lugares, posso pensar com mais calma sobre esse período e percebo o quão intenso ele foi.

Muito riso, muitas lágrimas, biscoito de polvinho, carne de panela, piscina…e muitos aprendizados! Aqui, divido tudo com vocês!

1. Toda criança autista pode brincar com uma criança típica. E vice versa.

Theo tem só uma priminha: a Ana Luiza. Theo é não verbal. Eles não se veem com muita frequência devido à distância. Mas meu irmão e minha cunhada tiveram o cuidado de explicar para a Ana que o Theo brincava de uma forma diferente e que ainda não tinha aprendido a falar. Por isso, fazia alguns barulhinhos diferentes. O resultado? Essa mocinha linda, com um coração tão acolhedor, foi uma ótima companheira de férias para o Theo nos dias em que estivemos em BH. Foi de encher os olhos ver os dois se divertindo juntos!

Ana Luiza improvisando um  "Son Rise" com o Theo

Ana Luiza improvisando um “Son Rise” com o Theo


Os dois correndo juntos (vejam a olhada que ele dá pra ver se ela o está seguindo)

Os dois correndo juntos (vejam a olhada que ele dá pra ver se ela o está seguindo)


E brincando juntos na água

E brincando juntos na água


2. Os aprendizados vêm em um ritmo diferente. Mas eles vêm!

Uma novidade que surgiu nesse período foi um sorrisão forçado que o Theo começou a fazer nas fotos. Naturalmente, ele começou a perceber que, quando alguém aponta uma câmera, todo mundo sorri. Fora o tradicional “cadê o risadão, Theo?” que a gente sempre mandava. E começou a sorrir nas fotos! Só que daquele jeitão dele, né?! Isso gerou uns cliques engraçadíssimos.

E esse sorrisão? :)

E esse sorrisão? 🙂


Ok, ficou desfocada. Mas foi hilária! Assim que o Theo percebeu o flash, mandou esse "sorriso"!

Ok, ficou desfocada. Mas foi hilária! Assim que o Theo percebeu o flash, mandou esse “sorriso”! (Melhor avisar: a lata estava vazia!)


3. Natal é uma época ótima pra gente, mas muito propensa a desencadear uma sobrecarga sensorial nas nossas crianças.

Calor, calor, calor. Muita gente em casa. Muito barulho, muitos toques, abraços, solicitações de presença. Em um certo momento da ceia de Natal, Theo teve o legítimo piti sensorial. Ele estava visivelmente superaquecido, com as bochechas vermelhas. Já tinha dado a sua cota de abraços e tirado várias fotos. Simplesmente desabou. O único jeito de resolver foi dando um banho e deitando com ele no quarto escuro com ar condicionado ligado.

4. Algumas decisões fazem toda a diferença, mas só percebemos isso depois.

Ao contrário do que fizemos na última vez em que fomos ao Brasil, resolvemos parar em São Paulo por 3 dias para o Theo se recuperar antes de irmos pra Belo Horizonte. Chegamos no sábado e, no domingo, foi feito um bolinho para o bisavô do Theo, que já vinha com a saúde debilitada há um tempo. Tiramos várias fotos, a família esteve reunida. Infelizmente, o vovô Daniel foi internado no Natal e faleceu no dia 30 de dezembro, quando já estávamos de volta a São Paulo. Fico feliz de termos tido a chance de nos despedirmos dele, mesmo sem saber. E vamos nos lembrar dele sempre com esse sorrisão aí, da foto do aniversário de 3 anos do Theozão.

:(

🙁


5. Ah, se todos os avós soubessem a diferença que eles podem fazer na nossa vida…

Tenho gratidão por muita coisa nessa vida. E, especialmente, pelos 4 avós que o Theo tem. Ele foi o primeiro neto de ambos os lados e, ali, só sobra amor e aceitação desde o início. Theo é muito, MUITO amado por esses avós. E os ama de volta. Isso é muito claro pra mim! E é muito lindo de se ver! Seremos sempre gratos por tanto amor e, também, por toda a ajuda que eles sempre nos deram. Nossas “pausas para respirar” sempre dependeram totalmente deles. Acho que esses vovôs e vovós nunca vão ter a dimensão do quanto foram e são importantes pra nós e pro Theo.  



Com o vovô Décio na piscina

Com o vovô Décio na piscina


6. A ansiedade provoca efeitos estranhos e diferentes em cada criança.

No caso do Theo, estamos chegando à conclusão de que provoca vômitos. Foram 2 episódios entre os aeroportos de Estocolmo e Londres na ida e mais 2 na volta, dentro do avião ainda em solo em São Paulo. O caso da volta foi pior, porque o Theo sujou todas as roupas extras que eu tinha na bagagem de mão e teve que viajar vomitado de volta pra casa. 🙁 Vômito e só. Nada de diarréia, nada de febre. A única coisa comum aos dois episódios foi a viagem. E o fato de que já vínhamos contando ao Theo, há alguns dias, que ele iria andar de avião (coisa que ele ama).

7. Não há lugar como a nossa casa.

Adoramos viajar. Morremos de saudades das pessoas que amamos. Esse contato é gostoso demais e faz muita falta. Mas também é gostoso estar de volta à nossa casa, à nossa cama, às nossas coisinhas. E à neve, que tem rendido episódios engraçadíssimos com o Theo e a Lola!





E por aí? Como foram as coisas?

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