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Pessoas com Deficiência permanente são incluídas em grupo prioritário de vacinação



Na contramão de outros países como Inglaterra, Holanda e Estados Unidos, o Brasil não considerava, em um primeiro momento, as Pessoas com Deficiência (PCDs) como um grupo prioritário para a vacinação contra a COVID-19.


Durante muito tempo, a única menção a PCDs no Plano Nacional de Imunização se resumia ao GRUPO 2 - Pessoas com Deficiência vivendo em instituições, uma população estimada em pouco mais de 6.000 pessoas.


Entidades da sociedade civil, inclusive o Instituto Lagarta Vira Pupa, se manifestaram a respeito exigindo um posicionamento mais claro do Ministério da Saúde com relação à vacinação de PCDs. Uma petição divulgada pelo ILVP colheu mais de 10 mil assinaturas e foi enviada para todas as autoridades de saúde do Governo Federal e Estados, além de todos os Deputados Federais e Senadores.


A pressão, pelo jeito, funcionou. No dia 15 de fevereiro, foi divulgada uma atualização do Plano Nacional de Imunização que coloca pessoas com deficiência permanente - uma população estimada de 7.7 milhões de pessoas - como um dos grupos prioritários para a vacinação. (o 15o grupo dos 29 disponíveis).



Essa notícia mostra o quanto a organização e a união podem produzir resultados concretos. Parabéns ao CONADE (Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência) e a todas organizações e pessoas que se mobilizaram para que isso acontecesse.


A comemoração pela notícia, no entanto, não é completa pela atual situação de compra e disponibilização de vacinas no país. Ao todo, 57 milhões de pessoas precisam ser vacinadas antes das pessoas com deficiência pela ordem de prioridade. Isso dá um total de 114 milhões de doses. A luta, portanto, passa a ser pela compra de uma quantidade razoável de vacinas no curto prazo. A pressão deve continuar.


Link para a última versão do PNI: https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/janeiro/29/PlanoVacinaoCovid_ed4_15fev21_cgpni_18h05.pdf

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