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A chegada de Charlie

Se você me acompanha em todas as redes sociais, já percebeu que nossa família aumentou: trouxemos mais um peludo pra casa. Ele é pretinho, pernudo, tem quase 5 meses, e já sabe que seu nome é “Charlie”.

Ou seja, agora, temos 2 cachorros: Charlie e Lola (entendedoras…).

Mas como assim outro cachorro? E num apartamento? De onde veio essa ideia?

Bom…tudo começou em um dia de janeiro em que eu e meu marido jantávamos e tomávamos uma(s) taça(s) de vinho. Papo vai, papo vem, peguei o celular e fui olhar o meu Facebook (olha o vício…). O dedão ia passando a tela até que parou em uma linda foto de um cãozinho preto. Junto da foto, um anúncio: “Doa-se filhote de flat coated retriever”.

Na hora, mostrei para o marido. Afinal, há alguns anos, quando ainda morávamos fora, ele tinha dito que adoraria ter “um Lolo preto” (e é bem isso que essa raça parece). Parecia um super sinal do universo…ou a desculpa que queríamos, em um momento de maior “descontração”, digamos assim.

Entrei em contato imediatamente com a pessoa pelo inbox do Facebook. Conversamos, e ela me disse que iria entrevistar outros candidatos.

E veio o feriadão. Fomos para Ubatuba e eu tentei não pensar muito no assunto, até porque achava que não seríamos escolhidos.

Eis que, quando chegamos, chega a mensagem no meu whatsapp: “entrevistei algumas pessoas, mas decidi por vocês”. Olha, gente, o que mais tenho feito desde o início de 2018 é rir de nervoso. Esse ano começou bem “fanfarrão” pra mim. E não foi diferente nesse caso. A ficha caiu de que, sim, teríamos mais um “filho”!

A história do Charlie

Charlie e seus irmãozinhos nasceram de um casal de Flat Coated Retrievers de um criador no interior de São Paulo. Em dezembro, em um grupo de Facebook, o criador ofereceu filhotes para doação, e uma moça, que trabalha com terapia assistida por animais, também no interior, ficou com 2.

Acontece que ela já tinha um Golden, e acabou percebendo que a manutenção de 3 cachorros de porte grande ficaria pesada pra ela. E foi assim que ela decidiu procurar uma nova família para o Charlie.

Se vocês me perguntarem por que o criador estava doando os filhotes, só posso especular. O que eu imagino (notem bem, IMAGINO) é que a raça é rara e muito pouco conhecida no Brasil, e ele não conseguiu vender os filhotes, que começaram a crescer. E foi quando ele deve ter resolvido doar.

De novo, isso é tudo especulação. Já ouvi falar até que há um certo preconceito com cachorros pretinhos no Brasil, mas prefiro não acreditar.

Flat Coated Retriever

O flat coated retriever vem do Reino Unido, assim como a Lola (Golden Retriever). É uma raça que foi criada a partir de cruzamentos de terra-novas e Setters (sabe aquele cão lindo meio ruivo?).

Todos os cães que possuem o nome “retriever” no final (como o Labrador Retriever e o Golden Retriever) são de raças criadas para acompanhar os donos na caça. A palavra “retrieve”, em inglês, significa “devolver”, que é justamente o que esses cães faziam: buscavam o coitado do pato que recebeu o tiro e levavam de volta para seu dono.

É engraçado como certas coisas estão nos genes…Lola vive nos trazendo coisas na boca. Se você vier nos visitar, provavelmente receberá um “presentinho” dela. 🙂

Mas, voltando ao flat coated, é um cão de porte grande, podendo chegar aos 36 kg. O temperamento é tido como meigo, afável e sociável, além de obediente. Ele existe nas cores preta e fígado (nome feio para um marrom).

Theo e Lola

Uma das perguntas mais feitas é como o Theo e a Lola reagiram. No vídeo, que está no fim do post, você pode ver um pouco desse encontro. Mas, em resumo, Lola adorou encontrar o coleguinha…fora de casa. Aqui em casa, ela varia entre curiosidade com ele e um certo ciúme.

Estamos seguindo todas as instruções de adestradores e dando bastante atenção e carinho pra ela quando ele está por perto. Tenho certeza de que, em pouco tempo, eles estarão brincando e se pentelhando pela casa.

Theo é Theo. Eu já havia antecipado a chegada do Charlie e ele parecia feliz com isso. Quando chegou da escola e falei “o Charlie já está em casa” e ele abriu um sorrisão. Assim que chegou, foi direto no sofá ver nosso pretinho, encostou um pouco nele, encostou de novo, olhou…pegou o Ipad e foi processar toda aquela informação. Theo é o “cachorreiro” mais discreto que eu conheço. 🙂

E como estão as coisas?

Hoje é só o segundo dia do Charlie em casa. Ele ainda não acertou nem um xixi no tapetinho, e decidimos limitar a área de circulação dele na maior parte do dia para facilitar esse treino. Então, ele tem ficado na varanda, onde coloquei vários tapetinhos higiênicos. Sempre fico com ele lá, brinco bastante, e deixo ele circular em outras áreas se já tiver feito xixi ou cocô.

Eu já tinha ouvido falar que os “meninos” demoram mais a aprender do que as meninas, e estou vendo isso na prática.

Conversei com alguns adestradores e veterinários, e todos foram unânimes: não existe “marcação de território” num filhote desse tamanho. Isso só começa quando eles entram na puberdade, lá pro oitavo mês. Até lá, só vai fazer xixi abaixando, sem levantar a perninha, e não temos que nos preocupar com esse tipo de comportamento.

E quando a puberdade vier?

Pretendo castrar o Charlie entre o sétimo e o oitavo mês, após me informar bastante com alguns veterinários. Lola já é castrada e o objetivo de trazê-lo não tem nada a ver com fazer filhotinhos.

Como eu falei no vídeo sobre a raça da Lola, acredito em reprodução responsável, por quem sabe de verdade fazer isso, controlando doenças genéticas e mantendo o padrão das raças.

Sou a favor da castração para animais domésticos. O Brasil já tem muitos cães e gatos abandonados pelas ruas!

Além disso, moramos em um apartamento, e ter um cão adulto cheio de hormônios marcando território em cada parede não seria nada legal…

Por falar em apartamento

Sempre me perguntam sobre tamanho do cachorro versus apartamento. Minha resposta é: desde que o cachorro passeie durante o dia, morar em apartamento não tem problema algum.

Minha experiência com a Lola mostra que ela gosta de companhia. Enquanto escrevo este post, ela está deitada no chão ao meu lado no sofá. Se eu for tomar banho, ela vai me acompanhar e deitar no tapete do banheiro (juro).

Então, o espaço não faz tanta diferença assim, desde que eles tenham uma parte do dia para gastar a energia do lado de fora.

Como é o Charlie

Charlie é carente ao extremo, dengoso, um bebezão. Adora colo, coisa que a Lola não aguenta muito porque é extremamente calorenta. Ele já dormiu no meu colo algumas vezes desde que chegou.

Assim como a Lola, ele gosta de posições exóticas para dormir (quem me acompanha no Instagram já percebeu).

Ouviu uns cachorros do condomínio latindo e latiu de volta, coisa que Lola não faz. E hoje, quando chegamos da rua, chorou baldes, ao contrário da Lola, que só funga e traz presentinhos. 🙂

Ou seja: assim como as pessoas, cada cão tem a sua personalidade. E já estou bem apaixonada pela do meu pretinho grudento! <3

Fico por aqui e deixo com vocês as imagens da chegada do Charlie ontem!


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