Todo dia eu aprendo. Confesso que foi difícil selecionar só 40 aprendizados, mas aqui vão algumas coisas importantes que eu descobri nesses 40 anos e gostaria de compartilhar com vocês!
Fazer 40 é meio duro. Aos 15, eu chamava mulheres de 40 de “tias”. O metabolismo vira uma carroça, as rugas aparecem, a beleza já não é a mesma. Mas só temos duas opções: envelhecer ou morrer jovens. Eu prefiro a primeira.
A gente faz planos. A vida samba na nossa cara e vira tudo ao contrário. Pra ser feliz, é preciso desapegar, “let it go” mesmo. E pegar essa nova realidade, encará-la de frente e comprometer-se a amá-la. Quando a gente ama alguém não é assim? Não focamos nos pontos positivos e minimizamos os negativos?
Existem pessoas ruins. Não dá pra confiar em todo mundo. Uma boa dose de desconfiança é saudável e necessária.
Milhares de pessoas vão te dizer o que fazer e como fazer. Poucas vão pegar na sua mão e te mostrar como naquele momento em que você mais precisa. Guarde essas pessoas no coração. Seja uma dessas pra alguém.
O sentido da vida é fazer sentido na vida de outras pessoas.
Tudo passa. O bom e o ruim.
Você era bem menos gorda e bem mais bonita do que imaginava na sua adolescência.
O cara que te ama de verdade não vai fazer joguinho. O cara que te quer de verdade não vai sumir. Não vai te enrolar. O cara que te ama não vai querer o correr o risco de te perder pra outro. Essa é a verdade, por mais dura que possa parecer. Assim como não correspondemos ao amor de todo mundo que gostou da gente, a recíproca é verdadeira. Aprender a lidar com a rejeição é uma arte.
É preciso sair do modo automático: namorar, casar, ter o primeiro filho, ter o segundo, batizar o filho, comprar A, B, C. Por que? Pra que? Pra quem? Tem gente que não quer casar. Tem gente que, definitivamente, não devia ter filho.
Minha avó dizia que a pior dor é a que nós sentimos. Faz sentido. Mas é por isso que devemos olhar, também, pra fora, e não só pra nós mesmos. Problema, às vezes, é só uma questão de perspectiva. E ficar reclamando não muda as coisas.
Pessoas que se vitimizam, muitas vezes, não querem ajuda. Querem atenção.
Pessoas boas também cometem erros. E, às vezes, magoam a quem amam. E se arrependem genuinamente. E voltariam no tempo, se possível, para não cometer aquele erro jamais.
Precisamos parar de tentar encaixar as pessoas em forminhas onde elas não cabem. Vai sempre sobrar uma perna pra lá ou um braço pra cá!
Entre a falta de noção e a má fé existe uma linha tênue.
Todo mundo quer ser amado. Nem todo mundo sabe amar.
Quem reclama que cachorro faz bagunça não deveria nunca ter filhos.
A maioria das pessoas ainda prefere uma mentira confortável a uma verdade dura.
Toda mulher já estragou com suas próprias mãos a sobrancelha e/ou a franja.
Creme contra celulite não funciona.
Parar de ligar para as minhas próprias celulites aos 30 anos de idade foi libertador.
Por trás da frase “é a minha opinião” se escondem vários preconceitos e falta uma boa dose de argumentação bem fundamentada.
Ninguém tem obrigação de gostar da gente. E precisamos ficar em paz com isso.
A canonização da figura materna é uma baita forma de controlar a mulher. Afinal, se mãe é essa doçura e perfeição, é praticamente um ser sem vontade própria, que vive em função da felicidade dos filhos e do marido.
A religião (ou a fé) não faz de ninguém uma pessoa melhor. Convivi, nesses 40 anos, com pessoas horríveis, extremamente preconceituosas e mesquinhas que eram muito religiosas, e com pessoas maravilhosas, altruístas e dedicadas ao bem que eram ateias.
Coisas ruins acontecem a pessoas boas, e isso é uma das coisas mais tristes da vida.
Se a gente se contenta com migalhas, é migalhas que vai continuar recebendo.
Viver é se equilibrar entre escolhas e consequências.
A decisão de manter um casamento (e de investir nele) é tomada todo santo dia.
Crianças precisam aprender a lidar com a frustração. Grande parte das desgraças mundiais aconteceram por conta de quem não conseguia conceber que A ou B fosse diferente do que ele/a gostaria que fosse.
Nossos pais acertaram e erraram. Devemos reproduzir os acertos e aprender com os erros, nunca repeti-los com nossos filhos. “Apanhei e não morri”, “comi X e não morri”. Não morrer não deveria ser critério de sucesso pra ninguém.
Muitas vezes, é melhor ser feliz do que ter razão.
Meninos deveriam brincar mais de boneca. E de casinha. E com as panelinhas. Seriam maridos e pais melhores no futuro.
Ser mulher é ser sempre culpada: do assédio, do estupro, da cena que o filho fez no shopping, do marido ter pulado a cerca, e de mais um caminhão de coisas absurdas.
Só quem perdeu duas dezenas de amigos e conhecidos em acidentes de carro sabe respeitar de verdade uma estrada.
Poucas pessoas acertam no uso do blush, do perfume e da crase.
Mudar comportamentos arraigados e hábitos é extremamente difícil. Ninguém muda em pouco tempo. Talvez (talvez mesmo) mude em questão de anos e com muito esforço.
Como algumas pessoas faziam pra passar vergonha antes da internet??
Regime não funciona (permanentemente). Fórmula mágica pra emagrecer também não. O que muita gente não quer ouvir continua sendo o que dá certo: criar o hábito de comer direito e se exercitar.
Devemos parar de esperar por pedidos de perdão que nunca vão chegar. E explicações que nunca teremos. A vida fica mais leve quando nos damos conta disso.
Laços de sangue, por si só, não significam muita coisa. Amor, amizade, suporte mútuo, princípios e objetivos em comum é que fazem uma verdadeira família.
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Foto: Shutterstock
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