Na manhã desta terça feira, 3 de Outubro, foi noticiado que um adolescente autista de apenas 13 (treze) anos de idade foi vítima de gravíssima violência sexual dentro do banheiro da escola estadual em que estuda no município de Votuporanga.
Conforme informações divulgadas, os fatos teriam acontecido no dia 26 de setembro e vieram a público porque os abusadores, também adolescentes e colegas de escola da vítima, filmaram o ato brutal e compartilharam os vídeos. Isto mesmo os agressores filmaram o ato e, ao que tudo indica, os profissionais da escola não perceberam nada, ou se perceberam não tomaram nenhuma providência.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher e, após a conclusão das investigações, será encaminhado à Vara da Infância e Juventude.
Essa não é a primeira vez que publicamos sobre violência sexual contra pessoas no espectro e com outras deficiências. De fato, nós e/ou nossos filhos somos mais vulneráveis a sofrer esse tipo de violência, por isso é necessário atenção e cuidados redobrados.
E é justamente aqui que fica o questionamento: onde estavam as pessoas responsáveis por garantir a integridade física e emocional desse adolescente no ambiente escolar? Como um fato desse acontece no banheiro de uma escola pública? Ninguém viu? Porquê nenhuma providência foi tomada? Quais suportes eram ofertados a esse aluno? Ele era de fato incluído ou “somente estava lá”?
Os questionamentos são infinitos, assim como nossa indignação e nojo – sim, nojo. Há tempos que alertamos para a violência contra estudantes com deficiência no ambiente escolar e medidas precisam ser tomadas imediatamente para barrar essa onda de crimes hediondos e odiosos.
Basta!