“Quem muito abaixa mostra o popô” ~ Anônimo
Internet é um circo. Fato. Veio pra revolucionar a nossa vida, em grande parte, para melhor. Mas todo bônus tem seu ônus. A internet é cheia de gente sem noção e folgada.
Outro dia, comentei na fan page sobre pessoas que roubam imagens com frases que eu fiz, tiram minha assinatura e colocam outra por cima. Ok, isso é chato, mas a gente sobrevive. Bem pior do que isso, foi quando roubaram uma foto do Theo de um post que eu fiz e a usaram em um meme HORROROSO de futebol. Denunciei ao Facebook, várias pessoas fizeram o mesmo, reclamei com os donos da página, mas nada aconteceu. Ela continua lá até hoje.
Isso são exemplos de “infrações leves a moderadas” cometidas por pessoas sem noção ou cara de pau mesmo. Mas existe coisa bem pior que gente sem noção e cara de pau. Existe gente mau caráter, existe quadrilha especializada em roubo de dados pela internet, existe pedófilo, toda aquela corja que a gente quer bem longe. E a gente não se toca de que, uma vez que postamos algo na internet, aquilo pode NUNCA mais sair de lá. Você pode apagar a foto, mas alguém já pode ter salvo. Você pode apagar o post, mas o print foi dado no último segundo antes que você o fizesse.
O objetivo desse post não é deixar ninguém neurótico. É trazer à nossa consciência o fato de que, às vezes, somos ingênuos demais quanto aos perigos da exposição da nossa vida – e dos nossos filhos – no ambiente virtual.
Para exemplificar isso, participei de uma brincadeira puxada pela Milene do Blog da Diiirce. Fizemos um amigo oculto entre blogueiras onde cada uma teria que “stalkear” quem sorteou. No final, a gente entregava um relatório sobre o que conseguiu descobrir da “amiga oculta”.
Pra quem não está acostumado ao termo, “stalkear” é procurar informações sobre a pessoa na internet. Jogar o nome no Google pra ver o que aparece, ir no Facebook, no Instagram, e por aí vai.
Devo contar pra vocês: como stalker, eu sou uma ótima jornalista! 😀
Não consegui achar grandes coisas da minha colega. As coisas que ela posta publicamente são bem genéricas e nada comprometedoras.
E quem me stalkeou? Bom…o relatório que eu recebi mostrava o que eu já sabia: minha vida pessoal está bem documentada por aqui (e no Facebook, e no Instagram), mas nada comprometedor, com uma exceção: as minhas fotos do Instagram mostravam o local onde foram tiradas. Isso mesmo. Ela sabia o nome da rua onde meus pais moram. Claro que eu corri lá pra corrigir esse “oversharing” do meu Instagram.
E qual a mensagem aqui? Que não vamos ficar neuróticos, mas também não vamos entregar o ouro na mão do bandido, certo?
Então, aqui vão algumas dicas que a gente conseguiu reunir para que você se garanta contra esse tipo de gente:
Restringir as publicações no facebook para amigos. Coloque como público só aquilo realmente genérico!
Postar fotos de eventos ou programas só depois que eles acontecerem. Isso evita que mapeiem onde vc está;
Não dar check in público na escola dos filhos;
Configurar o Facebook para que você tenha que autorizar qualquer marcação do seu nome em fotos ou eventos;
Não colocar fotos dos seus filhos sem roupa (nem se forem bebês…tem louco pra tudo!);
Não colocar fotos do seu filho com o uniforme ou qualquer coisa que identifique o nome da escola
Desabilitar a localização geográfica de fotos do Instagram (porque qualquer um pode ver onde as fotos foram tiradas no mapa de fotos);
Evitar dar detalhes da rotina da família;
Checar se os perfis da sua família próxima nas redes sociais estão protegidos também;
Para nós, que temos filhos autistas: cuidado com o que você posta sobre o seu filho. Pense que ele pode vir a ler no futuro. Pense se ele gostaria de ler o que você postou sobre ele. Pense em que efeito isso terá sobre ele.
A gente nunca sabe as intenções de quem “dá um Google” no nosso nome. A gente nunca sabe, de verdade, quem está do outro lado da tela do computador. Como diria minha avó, “cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém”. Quer ler o que as minhas colegas blogueiras escreveram sobre o mesmo assunto? Aqui vai (aos poucos vou adicionando):
Imagem: Shutterstock
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