
É importante contar que esse post foi colaborativo! Perguntei, na fan page, que dicas as mães dariam para os pediatras e voilá! Aí estão as mais citadas!
1. Informe-se sobre o autismo
Sabemos que a faculdade de medicina não dá a carga necessária de informação sobre o autismo, um transtorno que afeta 1 em cada 58 crianças segundo a estatística americana. Portanto, ainda cabe a você, profissional, correr atrás e se informar a respeito. AQUI tem um resuminho bom para começar.
2. Seja pontual…ou dê a prioridade.
Imprevistos acontecem, emergências também, principalmente pra quem é médico. Mas uma das maiores dificuldades das mães de autistas é que eles têm uma tolerância muito menor que a das crianças típicas para esperar. É uma tortura! Portanto, se for atrasar, que tal passar o(s) paciente(s) autista(s) na frente da fila? A prioridade no atendimento vai ajudar a melhorar a situação.
3. Evite o jaleco.
Foi relatado por várias mães que as crianças autistas começam com as crises de pânico já ao ver o jaleco do médico. Dá pra evitar usar? Isso vai poupar uma dor de cabeça!
4. Tenha brinquedinhos sensoriais no consultório.

Fonte: http://bit.ly/1gEVtj7
Bolinhas de diferentes texturas, massinha (sem perfume), garrafinhas com líquido e purpurina, você pode até improvisar algumas você mesmo. Dei umas dicas sobre isso no item 5 desse post AQUI. Você pode, também, perguntar para a mãe se a criança gosta de música e colocar cantigas infantis tocando bem baixinho.
5. Antecipe suas ações.
Autistas temem o imprevisível. Se você antecipar, pode diminuir bastante o stress deles. Como são muito visuais, a melhor forma de fazer isso é montar um quadrinho assim:

O quadro azul com o “primeiro” e “depois” você imprime e plastifica. As fotos que vão nos espaços têm velcro atrás para poderem ser trocadas. Fácil, né?!
6. Não fale com a mãe como se a criança não estivesse ali.
Eles podem não falar. Eles podem fazer mil e um barulhinhos enquanto você fala. Mas estão sempre ligados no que está acontecendo. Fale com eles, mesmo que eles pareçam não prestar atenção.
7. Avise sempre que for tocá-lo com a mão ou um objeto.
A maioria dos autistas tem muita rejeição ao toque de desconhecidos. Essa vai ser a parte mais difícil, com certeza. Avise sempre, explique de forma curta e simples para que serve, mas esteja preparado para a resistência mesmo assim. Alguns exames, por mais bobos que pareçam, são bem difíceis para eles porque eles sentem tudo de forma diferente. Enfiar um aparelhinho no ouvido, para o meu filho Theo, é uma tortura, e ele precisa ser contido por duas pessoas para que o exame aconteça. Tenha paciência que tudo se ajeita.
8. Evite a maca sempre que possível.
Meu filho já colocou na cabeça que “coisas ruins acontecem quando se deita na maca”. Pelo que li nos comentários das outras mães, isso é bem comum. Portanto, se der para o exame ser feito na cadeira ou no colo da mãe, abra essa exceção.
9. Fale baixo.
Lembre-se que muitas dessas crianças são muito sensíveis a sons altos.
10. Paciência e empatia, sempre.
Lembre-se de que aquela mãe e aquela criança estão tão desconfortáveis com a situação quanto você. Provavelmente até mais. Se a criança chorar e se debater, não é birra: é um incômodo real que só ela sabe como é difícil de lidar. Seja paciente, vá devagar, tente de novo, tente de outra forma, deixe o exame mais difícil por último. Essa é sempre a melhor forma de ajudar!
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Fotos sem créditos: Shutterstock
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