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10 dicas para médicos que têm pacientes autistas


O blog tem crescido e atraído, também, a atenção dos profissionais da saúde. No início da semana, recebi uma mensagem de um estudante de medicina pedindo dicas para que os pediatras possam atender melhor as crianças autistas. Acho que as dicas não servem só para os pediatras, mas para qualquer profissional da área médica que atende esses pacientes especiais.

É importante contar que esse post foi colaborativo! Perguntei, na fan page, que dicas as mães dariam para os pediatras e voilá! Aí estão as mais citadas!

1. Informe-se sobre o autismo

Sabemos que a faculdade de medicina não dá a carga necessária de informação sobre o autismo, um transtorno que afeta 1 em cada 58 crianças segundo a estatística americana. Portanto, ainda cabe a você, profissional, correr atrás e se informar a respeito. AQUI tem um resuminho bom para começar.

2. Seja pontual…ou dê a prioridade.

Imprevistos acontecem, emergências também, principalmente pra quem é médico. Mas uma das maiores dificuldades das mães de autistas é que eles têm uma tolerância muito menor que a das crianças típicas para esperar. É uma tortura! Portanto, se for atrasar, que tal passar o(s) paciente(s) autista(s) na frente da fila? A prioridade no atendimento vai ajudar a melhorar a situação.

3. Evite o jaleco.

Foi relatado por várias mães que as crianças autistas começam com as crises de pânico já ao ver o jaleco do médico. Dá pra evitar usar? Isso vai poupar uma dor de cabeça!

4. Tenha brinquedinhos sensoriais no consultório.

Fonte: http://bit.ly/1gEVtj7

Fonte: http://bit.ly/1gEVtj7


Bolinhas de diferentes texturas, massinha (sem perfume), garrafinhas com líquido e purpurina, você pode até improvisar algumas você mesmo. Dei umas dicas sobre isso no item 5 desse post AQUI. Você pode, também, perguntar para a mãe se a criança gosta de música e colocar cantigas infantis tocando bem baixinho.

5. Antecipe suas ações.

Autistas temem o imprevisível. Se você antecipar, pode diminuir bastante o stress deles. Como são muito visuais, a melhor forma de fazer isso é montar um quadrinho assim:

pediatra

O quadro azul com o “primeiro” e “depois” você imprime e plastifica. As fotos que vão nos espaços têm velcro atrás para poderem ser trocadas. Fácil, né?!

6. Não fale com a mãe como se a criança não estivesse ali.

Eles podem não falar. Eles podem fazer mil e um barulhinhos enquanto você fala. Mas estão sempre ligados no que está acontecendo. Fale com eles, mesmo que eles pareçam não prestar atenção.

7. Avise sempre que for tocá-lo com a mão ou um objeto.

A maioria dos autistas tem muita rejeição ao toque de desconhecidos. Essa vai ser a parte mais difícil, com certeza. Avise sempre, explique de forma curta e simples para que serve, mas esteja preparado para a resistência mesmo assim. Alguns exames, por mais bobos que pareçam, são bem difíceis para eles porque eles sentem tudo de forma diferente. Enfiar um aparelhinho no ouvido, para o meu filho Theo, é uma tortura, e ele precisa ser contido por duas pessoas para que o exame aconteça. Tenha paciência que tudo se ajeita.

8. Evite a maca sempre que possível.

Meu filho já colocou na cabeça que “coisas ruins acontecem quando se deita na maca”. Pelo que li nos comentários das outras mães, isso é bem comum. Portanto, se der para o exame ser feito na cadeira ou no colo da mãe, abra essa exceção.

9. Fale baixo.

Lembre-se que muitas dessas crianças são muito sensíveis a sons altos.

10. Paciência e empatia, sempre.

Lembre-se de que aquela mãe e aquela criança estão tão desconfortáveis com a situação quanto você. Provavelmente até mais. Se a criança chorar e se debater, não é birra: é um incômodo real que só ela sabe como é difícil de lidar. Seja paciente, vá devagar, tente de novo, tente de outra forma, deixe o exame mais difícil por último. Essa é sempre a melhor forma de ajudar!

(Os conteúdos produzidos por Andrea Werner e disponibilizados neste site são protegidos por copyright e não podem ser reproduzidos, total ou parcialmente, sem autorização expressa da autora, mesmo citando a fonte)

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