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Como ajudar uma amiga que recebeu o diagnóstico do filho

Já fiz posts sobre o que não dizer, o que não fazer…e a verdade é que todo mundo fica perdido quando a amiga descobre que o filho é autista. Ou que vai nascer com Síndrome de Down. Ou qualquer outra situação deste tipo que chamamos de “maternidade atípica”.

Então, aqui vão umas dicas de como ajudar sua amiga (ou amigo) nessa hora tão difícil!


  1. Para começar, FIQUE. Muitas pessoas se afastam por não saberem como proceder ou o que dizer. E isso dói demais! Fique, mesmo sem jeito, mesmo sem saber o que falar, mas esteja ali!

  2. Ouça, ouça, ouça. Sua amiga vai estar na fase que chamamos de “luto”, onde ela sente a perda do filho que idealizou. Isso é muito dolorido, e é um período em que não se vê futuro, esperanças, nada assim. E é preciso elaborar este luto para sair dele. Falar ajuda muito. Seja o ouvido amigo, sem julgar em nenhum momento. Seja o ombro à disposição pra quando ela quiser chorar.

  3. Se ela não te ligar, ligue você. Ou mande um whats. Qualquer coisa para mostrar que você está ali por ela.

  4. Faça uma cestinha de brinquedos sensoriais e dê de presente para a criança. Bolhas de sabão, amoeba, bolinhas sensoriais, ampulhetas líquidas, tudo isso faz um baita sucesso com essa criançada. E, fazendo isso, você está demonstrando que o seu amor pela criança não mudou.

  5. Demonstre empatia e legitime o sentimento. “Eu só posso imaginar a dor enorme que você está sentindo”. “Pode chorar, é assim mesmo”. “É perfeitamente normal você se sentir assim, e estou aqui para te amparar”.

  6. Pergunte como pode ajudar. Muitas vezes, a resposta vai ser “ninguém pode me ajudar”, mas é importante que ela saiba que você se preocupa.

  7. Use exemplos positivos, mas possíveis. Nada de falar do autista-gênio-prêmio-nobel ou do rapaz com síndrome de down super star. Diga que a medicina está evoluindo muito, e que, com certeza, as coisas tendem a melhorar de agora em diante. E que, hoje em dia, as pessoas com deficiência já conseguem se desenvolver muito mais do que nos anos 80, por exemplo, porque a sociedade está se tornando mais inclusiva.

  8. Leve o almoço pronto pra ela no fim de semana. É melhor do que convidar a família pra ir à sua casa. Neste inicinho, logo após o diagnóstico, as pessoas tendem a ficar mais reclusas.

  9. Continue tratando a criança normalmente. Mesmo que ela não te responda e pareça não te ouvir, fale oi, faça algumas perguntas, dê um beijinho (se ela é do tipo que gosta de beijinho).

  10. Repita pra ela de vez em quando que “isto também vai passar“. Porque tudo passa. O luto passa. Nenhuma tempestade dura para sempre. O inverno dá lugar à primavera. E o ciclo da vida continua. Nós ficamos mais fortes e, assim, as coisas parecem mais fáceis.

Imagem: Shutterstock

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